domingo, 8 de janeiro de 2012

Para Um Dois Mil e Doze


Começando a projetar minhas novas experiências em dança contemporânea, resolvi mais uma vez me arriscar e enfrentar novas barreiras.
Pensei em me aventurar por um caminho conhecido, mais nunca experimentado com dança. Resolvi querer olhar o meu solo, de outro ângulo, revirar do avesso e botar meu tempo de chuva para escorrer pelos espaços urbanos, da minha cidade. Quero uma nova experiência, tentar dialogar com o meio urbano, tentar encontrar pontos de falar do tempo de chuva em um lugar aberto, com pessoas, carros, animais, paisagens, lixo, panfletos, comerciais ambulantes. Tentar compreender dentro do fluxo da cidade que não para de sempre ir e vir, buscar um tempo de pausa, um tempo de sentir, um tempo de apenas recordar.
Para contribuir com esse meu novo desejo de me mover com a cidade, recebi uma mensagem que diz o seguinte: "Dentro de cada pessoa existe um lago, o lago dos sentimentos. Sempre quando chove esse lago transborda, e é por isso que choramos, temos esperança e crescemos. A chuva lava a alma, enche de novos sentimentos, molda, nutri, leva... A chuva é o alimento de cada lago."
Se a chuva é o alimento. Quero levar o tal alimento para aqueles que nunca se alimentaram, para aqueles que nunca sentirão, que nunca pararam para se ver chover, para aqueles que nunca se deixaram transbordar.
Vou falar da minha chuva, do meu tempo de chover, do meu tempo de pausa, do meu tempo de dissolver, tempo de escorrer, tempo de reconstruir.
Convido ao experimento de um novo ciclo, novo ano, novo dois e doze, novo de chuva, novo de gota, novo de céu, novo de rio, novo de rego d´água, novo, novo, novo...

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